30 novembro 2005

A fantasia é uma forma de sonho.
É a confabulação que fazemos, que transforma sensações (do foro físico, portanto) em pensamentos.
Quando dormimos sonhamos em função das sensações que o nosso sistema nervoso capta, não obstante o estado de "quase morte" do corpo. Assim, quando temos taquicardia durante o sono, sonhamos que estamos a correr ou a lutar (o coração "dispara"), quando fazemos uma má digestão sonhamos com algo que, no estado de vigília, nos provocaria o efeito físico semelhante ao de má digestão, por exemplo uma cena angustiante.

Com a fantasia o processo é semelhante, só que estamos acordados. Por isso é mais frequente fantasiar quando se está só, pois a atenção não está dispersa, temos mais disponibilidade para interpretar os "apelos do corpo". Por isso o homem não consegue masturbar-se sem uma forte componente de pensamento, em que a fantasia "dialoga" com as sensações.

É por isso que a fantasia não é monogamica nem poligamica, É LIVRE, como o pensamento.

Mas nem todas as pessoas estão aptas ter todos as fantasias.Uma pessoa normal (a que chamarei normal pelo senso comum) não tem a fantasia de degolar virgens, por exemplo.
É a condição física da pessoa que condiciona as suas fantasia.

NOTA: A condição psicológica de uma pessoa é um sub-conjunto da sua condição física (ler A. Damásio).

20 novembro 2005

As meninas que ostentaram carícias lésbicas dentro de uma escola, foram repreendidas pelas empregadas e pelo Sr. Miguel Sousa Tavares (Público de 6ª-feira).
Suponho que centenas de casos destes ocorram todos os anos nas nossas escolas. Só este caso teve tanta dimensão mediática.
Deve ter sido alguma organização de homossexuais que se encarregou de lhe dar relevo, na tentativa de obter mais tolerância por parte dos responsáveis pelas escolas, no futuro.
É um facto que a comunidade gay tenta ampliar a sua influência na Sociedade, e uma forma de o fazer é recrutar novos adeptos.

Na idade da puberdade muitas crianças ainda não têm a sua sexualidade bem definida. As experiências homossexuais tidas nessas alturas por essas crianças são uma iniciação ao exercício da sexualidade, e decambam facilmente em preferências sexuais, pois o quadro de sensações criados nesses contactos, por quem não teve outras experiências, passam a ser o padrão de referência da satisfação do desejo sexual.

Isto acontece a crianças que, no seu imaginário infantil, desejavam ser heterossexuais, isto é, que não tinham tendências inatas para a homossexualidade (é mais natural desejar ser hetero do que o contrário - convenhamos). E quando isto acontece elas ficam a pensar: "se calhar sou homo..." - erradamente.

A exibição de posturas homossexuais no interior das escolas deve ser desencorajada para proteger as crianças dessas práticas, nesse contexto de inexperiência, e não por qualquer razão homofóbica.

19 novembro 2005

"Se tiveres uma contenda ou se adoeceres, não procures o advogado ou o médico do teu Senhor."
Foram estas as palavras sábias que o António me dirigiu quando eu lhe disse que andava com um problema de saúde do tipo "só para homens"; um nódulo na próstata.
Fiquei a meditar naquilo. Parecia-me um ensinamento do Corão - o António é muçulmano -.
Durante dois dias o meu subconsciente trabalhou afanosamente procurando a chave do enigma. Ao terceiro dia fez-se luz! E eu disse para comigo: "nem do teu chefe, nem dos amigos ou familiares do teu chefe". O Maomé tinha razão! Se eu não cumprir esta regra sujeito-me a que o meu chefe venha a saber mais sobre a minha vida privada ou sobre a minha saúde do que eu próprio!

Mais tarde encontrei o António e apressei-me a pedir-lhe o número do versículo do Corão aonde vinha escrita tão sábia sentença. Ele respondeu-me: Essa frase não vem no Corão, mas podia muito bem vir, pois é justa e verdadeira.

12 novembro 2005

Os motins que ocorrem um pouco por toda a Europa do Norte não são um caso pontual de desordem no domínio público. A Europa deixou de ter vantagens competitivas que a colocavam na posição de polo de desenvolvimento mundial. Vendia para todo o mundo tecnologia de ponta feita com matérias-primas mais ou menos "roubadas" aos países sub-desenvolvidos. Agora, ficou sem os preços baratos das matérias-primas porque controla cada vez menos as suas ex-colónias, e o resultado é que a África do Sul já faz aviões melhores que os Mirages, a Coreia melhores automóveis que o Renaults, etc. e a Europa não conseguiu substituir esses produtos por outros "de ponta", de forma a manter vantagens competitivas, como os cereais trangénicos, os equipamentos militares guiados por satélite, etc. e está a braços com os compromissos criados pelos Estados Sociais. Não vai conseguir responder às expectativas da sua população.

O resultado é o que se vê em França.

Não tem nada a ver com racismo.