10 janeiro 2015

Atentados Paris




Andaram três religiões, durante séculos, a explicar ao bicho-homem que só seria civilizado se não matasse, não cometesse adultério, não roubasse, não praticasse falso testemunho, não cobiçasse mulher do próximo ou a vivenda aonde ele mora, ou a empregada que ele tem, ou o boi ou o jumento que ele tem (Deuteronomio 5), para depois vir um jornal semanário ridicularizar esta e outras mensagens importantes que transformaram o bicho-homem em homem. E fazem-no com o fito de ganhar dinheiro a alegrar os consumidores néscios de barriga cheia que vivem muito acima das suas possibilidades à custa de roubarem descaradamente os povos pobres, pelo mundo fora. Consumidores que se babam de prazer a ver a Casa dos Segredos, a ouvir Quim Barreiros (o artista preferido nas festas de estudantes das universidades), a ver no Youtube as músicas da Rosinha, ou, espante-se, a ver filmes pornográficos na NET! Para além, claro está, de se deliciarem com os cartoons que ridicularizam tudo e todos, incluindo profetas e religiões…

Além disso estes consumidores leem jornais e veem telejornais e artigos de opinião aonde só se dizem mentiras ou, quando muito, semiverdades. Consomem OPINIÃO. Depois vão votar certinhos (menos de 50% deles) nos partidos que são os seus, exprimindo as suas opiniões através do voto…

E os poderes instituídos chamam e isso liberdade de expressão e de informação.

Consumidores que, para além disso, roubam à descarada (as Finanças e muito mais), cometem adultério frequentemente, praticam falso testemunho muitas vezes, cobiçam grande parte das mulheres dos outros, e o carro deles, e a casa deles, e o burro deles se o tiverem, etc., sem que sejam incomodados pelo DCIAP ou pelo Ministério Público (com exceção do preso 44, claro está!). Só são chateados quando matam, e nem sempre.

E os poderes instituídos chamam a isto Estado de Direito.

Porém, em países aonde não existe DCIAP ou Ministério Público, impera a lei do cacete, ultimamente substituído pela espingarda, e bazuca (por enquanto não têm acesso ao drone), sentem-se no direito de perseguir fora das suas fronteiras e punir iniquidades lá praticadas que os afetam. Direito esse, emergente do direito comparado internacional, aonde se tornou banal, e passou a ter força de lei, que os países pratiquem a punição além das suas fronteiras, com toda a naturalidade, sem considerarem que estão a violar a Lei Internacional.

E os poderes instituídos chamam a isto de terrorismo quando é praticado no seu território, e chamam de defesa da democracia quando é praticado no território dos países que não têm DCIAP.

400 cidadãos daqueles países que não têm DCIAP, entram em cada dia que passa no espaço Schengen, sem saberem comunicar por palavras ou por escrita, sem dinheiro, sem formação profissional. Veem juntar-se aos filhos de emigrantes que por cá andam, os quais exibem com orgulho a nacionalidade europeia mas que continuam sem perspetivas de integração. Todos formando um exército de milhões de indivíduos suscetíveis de serem recrutados com naturalidade como jihadistas.

Será bom de imaginar como os Poderes Instituídos vão descalçar esta bota.

O Islão não tem nada a ver com isto.