Andaram três religiões, durante séculos,
a explicar ao bicho-homem que só seria civilizado se não matasse, não cometesse
adultério, não roubasse, não praticasse falso testemunho, não cobiçasse mulher
do próximo ou a vivenda aonde ele mora, ou a empregada que ele tem, ou o boi ou
o jumento que ele tem (Deuteronomio 5), para depois vir um jornal semanário ridicularizar esta e outras
mensagens importantes que transformaram o bicho-homem em homem. E fazem-no com
o fito de ganhar dinheiro a alegrar os consumidores néscios de barriga cheia
que vivem muito acima das suas possibilidades à custa de roubarem
descaradamente os povos pobres, pelo mundo fora. Consumidores que se babam de
prazer a ver a Casa dos Segredos, a ouvir Quim Barreiros (o artista preferido
nas festas de estudantes das universidades), a ver no Youtube as músicas da
Rosinha, ou, espante-se, a ver filmes pornográficos na NET! Para além, claro
está, de se deliciarem com os cartoons que ridicularizam tudo e todos,
incluindo profetas e religiões…
Além disso estes consumidores leem jornais e veem
telejornais e artigos de opinião aonde só se dizem mentiras ou, quando muito, semiverdades.
Consomem OPINIÃO. Depois vão votar certinhos (menos de 50% deles) nos partidos
que são os seus, exprimindo as suas opiniões através do voto…
E os poderes instituídos chamam e isso liberdade de
expressão e de informação.
Consumidores que, para além disso, roubam à descarada
(as Finanças e muito mais), cometem adultério frequentemente, praticam falso
testemunho muitas vezes, cobiçam grande parte das mulheres dos outros, e o
carro deles, e a casa deles, e o burro deles se o tiverem, etc., sem que sejam
incomodados pelo DCIAP ou pelo Ministério Público (com exceção do preso 44,
claro está!). Só são chateados quando matam, e nem sempre.
E os poderes instituídos chamam a isto Estado de
Direito.
Porém, em países aonde não existe DCIAP ou Ministério
Público, impera a lei do cacete, ultimamente substituído pela espingarda, e
bazuca (por enquanto não têm acesso ao drone), sentem-se no direito de
perseguir fora das suas fronteiras e punir iniquidades lá praticadas que os afetam.
Direito esse, emergente do direito comparado internacional, aonde se tornou
banal, e passou a ter força de lei, que os países pratiquem a punição além das
suas fronteiras, com toda a naturalidade, sem considerarem que estão a violar a
Lei Internacional.
E os poderes instituídos chamam a isto de terrorismo
quando é praticado no seu território, e chamam de defesa da democracia quando é
praticado no território dos países que não têm DCIAP.
400 cidadãos daqueles países que não têm DCIAP, entram
em cada dia que passa no espaço Schengen, sem saberem comunicar por palavras ou
por escrita, sem dinheiro, sem formação profissional. Veem juntar-se aos filhos
de emigrantes que por cá andam, os quais exibem com orgulho a nacionalidade
europeia mas que continuam sem perspetivas de integração. Todos formando um
exército de milhões de indivíduos suscetíveis de serem recrutados com
naturalidade como jihadistas.
Será bom de imaginar como os Poderes Instituídos vão
descalçar esta bota.
O Islão não tem nada a ver com isto.