As escutas telefónicas feitas de uma forma indiscriminada são um assunto que está na ordem do dia.
Miguel Sousa Tavares conseguiu encher uma página inteira do jornal Público com este assunto e acabou por tirar conclusões precipitadas.
Este assunto faz-me lembrar a pirataria informática que surgiu logo a seguir à divulgação da rede da Internet. É assim:
“Pessoa desconhecida entra no computador de outra para destruir ou roubar informação.”
Pergunto a mim mesmo se não se está a passar o mesmo com a rede dos telemóveis e a respectiva informação.
A Microsoft (responsável pela concepção da maior parte dos programas que utilizam a Internet ) optou por deixar “portas” de acesso secreto nos computadores aonde o seu software está instalado. As polícias dos diversos países agradecem. Os Hakers também!
(Haker é um especialista em programação informática que consegue violar a informação de um computador da rede sem que o proprietário se possa opor).
A frequência com que ocorrem ataques de hakers em computadores pessoais e departamentais é hoje muito grande. De tal forma que, para estar ligado à Internet com alguma segurança é necessário adquirir programas de protecção contra estes info-bandidos! Assim proliferou o próspero negócio dos programas antivírus, grande parte deles também portadores de vírus anti-infidelidade dos utilizadores (este mundo cão!).
Ora, as redes de telemóveis são semelhantes à Internet. Nelas o telemóvel desempenha o papel de computador e a informação que circula nas redes de telemóveis não é menos valiosa que a que circula na Internet. É bem provável que também aqui surjam hakers, a tentarem seus negócios…
Portanto, Sr. Miguel Sousa Tavares, vá mais devagar nas suas acusações e deixe de fazer sugestões antidemocráticas, pedindo a subordinação formal do Poder Judicial ao Poder Político. Além de não lhe ficar bem, não resolve com certeza este problema.
2 comentários:
Esteve muito bem! Não aki necessariamente...
no fundo és como ele! democraticamente conservador! tá bem! :-)
Enviar um comentário