Eu acho que deviamos ser todos vips, e que o acesso aos dados individuais só seria permitido com autorização expressa do próprio, mesmo para efeitos de fiscalização do contribuinte quanto ao seu grau de cumprimento dos deveres fiscais.
Este problema só se está a por realmente porque nunca antes assistimos a uma concentração de dados pessoais tão grande num só computador. Quem nos paga o ordenado, quem nos arrenda a casa ou empresta dinheiro para a comprar, que médicos frequentamos, ou supermercados, ou ginásios, ou escolas, ou restaurantes, ou o posto de gasolina, ou o mecânico, ou o cabeleireiro, e quanto gastamos neles. Tudo à distancia de um clic.
Se somarmos esta informação a outras também muito sensíveis, como os telefonemas que fazemos, as vezes que passamos na portagem da autoestrada, em que dias e a que horas; temos o mapa completo das nossas vidas ao dispor de funcionários muitas vezes sem formação e capazes de aspirar transformar esta informação em vantagens patrimoniais, tentados a vender esta informação (a esposa que deseja saber o que o marido faz, idem para o patrão / empregado, fornecedor / cliente, etc.).
Não é uma questão sem importância, e não é de fácil resolução.
Sem comentários:
Enviar um comentário