19 abril 2008

Há 20 anos, o Manolito, menino sérvio a viver na província do Kosovo, “chingava” o Tonico, menino albanês da sua turma. Chamava-lhe “albana”. Não sabia bem porque o fazia embora intimamente sentisse uma vaga ameaça por ter de conviver diariamente com tantos albaneses; os colegas da escola tinham todos 5 irmãos, ou mais, sem falar com “os que vinham a caminho”, bastava olhar para as mães deles, quase todas com grandes barrigas, esperando o fim das aulas, à porta da escola!

Que gente esquisita, dizia o Manolito; volta e meia atiram-se para o chão, virados para Meca. Nunca os vejo na missa!

Na turma do Manolito os miúdos eram todos brancos.



O racismo é uma reacção natural (porque determinada pela natureza biológica do ser). Tem a ver com a sensação de insegurança que sentimos quando temos que conviver com indivíduos que não partilham os nossos hábitos culturais e que concorrem connosco na disputa dos recursos disponíveis (alimentação, habitação, saúde, educação, etc.). É um sentimento de génese biológica que não ajuda à convivência pluricultural, sobretudo em territórios aonde os meios de sobrevivência atrás referidos são escassos.



Pregar contra o racismo, o ciúme, a inveja, etc, sem explicar como é que surgem e para que servem é como dizer ao menino que deve lavar as mãos antes de comer sem explicar porquê. Só dá para esquecer!

1 comentário:

vieira calado disse...

Olá, amigo!
Mil milhões é dez à nona, de facto.
Mas não há uniformidade nas designações.
Pessoalmente penso que mil milhões é mais fácil de escrever que um bilião, para quem sabe pouco disto, os iniciados, que são os meus principais visitantes.
Um abraço.