09 outubro 2007

"Por amor de deus" foi o seu último artigo que li, e terá sido por acaso, julgo, que não incluiu neste artigo a mais importante das invocações de Deus:
“Valha-me Deus!”.

No fundo, todas as que referiu estão contidas nesta, e não se trata de “invocação do santo nome de Deus em vão” pois Deus, “na sua bondade infinitamente grande” concedeu ao Homem o privilégio da vida (a probabilidade de um espermatozóide tomado ao acaso fecundar um óvulo é infinitamente pequena, como sabe) . O privilégio dizia eu, de viver no mundo aonde vigora a Lei (d’Ele).
Essa lei que foi escrupulosamente escondida nos tempos da Inquisição, mas que acabou por chegar ao conhecimento dos homens pelas bocas de Galileu, Newton, Darwin, Mme Curie, etc. etc. .
“Valha-me Deus!” é tão somente uma forma de exorcizar os maus desfechos possíveis da situação adversa que estamos a enfrentar quando invocamos a divina providência. Situação essa a que chegamos sempre na sequência de factos, todos eles condicionados pela inexorável regularidade e exactidão da Lei de Deus.

Quando um turista vai passar férias à Indonésia e se vê frente ao maremoto que avança na sua direcção, exclama “valha-me Deus!”. Que é como quem diz: “Já que a Lei da Deriva dos Continentes provocou um sismo e este uma onda gigante que se dirige na minha direcção, ó Deus!, faz com que a Tua lei que nos foi mostrada por Arquimedes se aplique agora ao meu corpo da forma mais favorável (para que não me afogue) e, quando eu for arrastado, faz com que a minha trajectória siga a tua Lei Normal das Probabilidades e que o meu caso se situe na borda do sino (forma do gráfico da Lei Normal) e do lado de gráfico mais favorável para mim. Isto é, faz com que eu “aterre” numa qualquer clareira enxuta, próximo do aeroporto aonde está o avião que me fará regressar a casa.”

Ter fé em Deus é crer sem haver nada que justifique essa crença. É acreditar que as coisas podem correr bem para o nosso lado, não obstante sabermos que, em média, isso não acontece (pois o mal existe). Por isso a fé, dizem os cristão, é um dom de Deus, ou seja, a capacidade construída pelo próprio quando tem tendência (genética ?) para isso.

Eu também não gosto de associações, clubes, igrejas. Mas gosto de religiões.
Uma coisa são os rituais de uma religião, criados por uma igreja (isto é um clube de pessoas), outra coisa são os ensinamentos dessa religião, o seu conteúdo cultural.
Os ensinamentos das religiões são sempre ditames dirigidos aos homens, que lhes ensinam o caminho para melhor sobreviverem em sociedade. Ensinam formas de superar a lógica do Dilema do Prisioneiro.

25 setembro 2007

Mais uma vez fiquei desapontado com a ligeireza demonstrada no seu artigo sobre a homo fobia, no DN de passado dia23/set..
Você confunde amor com sexo logo no primeiro parágrafo. É com esta falácia que se vão enganando os incautos, e quase ninguém desfaz o equívoco, tão grande já se tornou o loby gay.
Se a sua amiga A se apaixonou pela senhora B (ou menina ou “madura”) é porque deseja ter sexo com ela. Como nos heterossexuais.
A paixão amorosa, como explica o interessante artigo da National Geograthic de Fevereiro 2006, é um assunto exclusivamente relacionado com a procriação, portanto com sexo, gestação, criação dos filhos.

A paixão amorosa de um ser humano por outro do mesmo sexo é um engano, uma armadilha dos sentidos, que faz sentir a quem está apaixonado ser o outro o parceiro ideal para a reprodução. Esta afinidade não tem nada de racional. Tem origem num complexo código de sinais, cheiro, tacto, gestos, posturas, que atrai uma pessoa para outra do sexo oposto de uma forma semelhante ao conhecido mecanismo do cio nos animais. A paixão homossexual só acontece porque não está implementado o mecanismo do cio e porque há pouca diferenciação entre o corpo de homem e da mulher e a satisfação do impulso sexual de um indivíduo faz-se de uma forma satisfatória independentemente do sexo do parceiro com que se relaciona. É a lei da Carne. Nunca lhe conteceu sentir aquela perna gostosa encostada à sua, numa enchente do Metro, não pertencer à pessoa que esperava?

Os homofóbicos são pessoas intolerantes. Só pela intolerância são criticáveis. Mas estão certos quando avaliam negativamente a atitude demissionária de quem aceita viver no engano. Por não ter sabido relacionar-se com o sexo oposto, ou por facilitismo (é tão mais fácil a relação sexual com indivíduos do mesmo sexo!, é tão imediata a compreensão do corpo do outro!, é tão mais seguro evitar os filhos indesejados!, é tão protector fazer parte do clube!).

Para mim os homossexuais têm os mesmos direitos de toda a gente. Todas as relações sexuais são legítimas desde que não haja oprimidos, não haja violência. È o direito ao prazer que está em causa. Mas não tenham orgulho nisso, por favor!. Não se ponham aos beijinhos na boca no meio da rua! Tornam-se ridículos como aquele louco que pôs uma bola de bilhar dentro de uma gaiola e sentou-se à espera que ela cantasse!. Depois dizem que a sociedade não os compreende!

01 junho 2007

Cada vez entendo menos disto dos blogs, agora não consigo comentar "post's" porque não reconhece a minha senha!

03 janeiro 2007

As Regras de S. Bento consideram que o Homem será feliz no dia em que for capaz de fazer só duas coisas; Trabalhar e Rezar.
Isto é, cultivar o exercício físico na procura do sustento (que dá saúde física) e PENSAR, que é sinónimo de rezar (que dá saúde mental).
Suponho que também lá deve dizer que esse pensar deve ser feito em ciclos diários (de preferência à noite antes de deitar) representando uma reflexão sobre o que se fez e o que se pretende fazer no dia seguinte, e em ciclos anuais, idem aspas para o período de um ano.
São os ciclos da qualidade (NP EN ISO 9001-2000); analisar o que se fez no passado, tentando encontrar os erros cometidos, e fazer projectos para o futuro, tentando nunca mais cometer esses erros.

O sentimento de responsabilidade que se vive entre o Natal e o Ano Novo só é mais forte porque pesa muito na nossa cabeça refectir sobre um tão longo intervalo de tempo - 365 dias - os passados e os futuros.