19 novembro 2014

O muro de Berlim 1/4 de século depois...

1/4 de século depois... ainda impera a narrativa oficial do que se passou na Alemanha nazi. A narrativa dos vencedores.

Penso que isso contribui muito pouco para o entendimento do fenómeno nazi, partindo do princípio que o povo alemão (e dos países à volta) não é um povo de facínoras sádicos.

Como se justifica cientificamente o facto de grandes percentagens das populações da europa central não gostarem de judeus, no início do século XX? (na vasta literatura produzida no século XIX, por exemplo na Rússia, os judeus aparecem sempre como alguém que sabia enganar os incautos em questões que envolvessem dinheiro ou outros bens. Ao mesmo tempo os mesmos judeus apareciam como os mais aptos em questões de ciência).

Como se justifica cientificamente o facto de as nações ocidentais que assinaram o tratado de Versailles não terem atuado rapidamente quando Hitler começou a desrespeitar descaradamente as cláusulas desse tratado (Inglaterra, EUA, França, Itália)?

Como se justifica cientificamente o facto de os narradores da história nazi raramente referirem as relações subjetivas entre o movimento socialista soviético e o movimento nacional-socialista? Não haverá uma relação íntima entre o medo do comunismo (que avançava em passos largos na Rússia) e a tolerância dos povos da europa aos movimentos totalitários anti-comunistas (Hitler, Mussolini, Franco, Salazar)?

Penso que estas são as questões que devem ser investigadas se quisermos compreender o que se passou na primeira metade do século XX. Essa compreensão é fundamental para atuar no sentido prevenir que aventuras semelhantes se repitam.

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