21 dezembro 2009

Casamento Gay

O casamento civil (como o contrato de trabalho), é um contrato económico que concede aos contratantes os direitos e deveres consignados na vasta legislação que o abrange.

O que está em causa no acesso ao contrato de casamento por parte de pessoas do mesmo sexo é, tão só, a possibilidade de, num só acto civil, ficarem os novos contratantes abrangidos por toda legislação associada a esse contrato, sem terem que redigir longos e inestéticos contratos escritos que a substituam.

Na prática, o facto de haver ou não a possibilidade de se efectuarem casamentos homossexuais não adianta nem atrasa nada na vida da sociedade portuguesa. Representa uma pequena diferença relativamente aos contratos parecidos que já hoje são possíveis.

Não pensem os homossexuais que, casando civilmente, obterão maior respeito ou mais dignidade. Basta olhar para a percentagem de casais homo espanhóis que o fizeram desde a data da publicação dessa lei em Espanha, menos de 1%! Eles bem sabem porquê! Quiseram ter a possibilidade de casar civilmente por uma questão fetiche relativamente à expressão semântica “casamento”. Eu explico;

Lá no fundo, sabem que um casamento entre duas pessoas que se amam, no sentido que se desejam sexualmente e tencionam desenvolver esse desejo em intensidade e fidelidade, só se consuma com o nascimento do primeiro filho.

Hoje, os casais heterossexuais juntam os trapinhos “a ver se dá”. Só casam depois de ela engravidar ou, na melhor das hipóteses, quando decidem “encomendar um bebé”. Isso acontece porque o preconceito associado ao desejo de virgindade antes do casamento deixou de existir, e muito bem!. Eles sabem que, casamento a valer, significa ser capaz gerar e criar filhos, que é a Missão Cumprida no ponto de vista biológico.

É por isso que a possibilidade do casamento gay, é só o inicio da igualdade entre casais homo e casais hetero. A seguir vamos assistir à luta pela adopção, que é uma caricatura da paternidade (pois não cumpre a missão), e depois ainda assistiremos à luta pela mudança de sexo de homens com implementação de úteros e tratamentos com hormonas que lhes permitam engravidar, e à luta simétrica, para mulheres que desejam ser pais.

Haja dinheiro na Segurança Social para subsidiar estas operações, em nome da felicidade das minorias!

3 comentários:

Sérgio Lagoa disse...

Discordo, em absoluto. Os casais inférteis nunca consumam, do seu ponto de vista, o casamento. Tal pensamento é, devo dizê-lo frontalmente, ofensivo para quem quer ter filhos e não pode.

Manolo Heredia disse...

Sérgio Lagoa, sou asmático, em pequeno não consiguia acompanhar os meus colegas de escola quando era preciso correr para o autocarro. Ou não os apanhava ou era o último a chegar. Nunca me senti ofendido quando alguém referiu essa evidência.
Isso não quer dizer que não vá ao médico tentar tratar-me, para conseguir vir a ter as perfomances dos outros. Se nunca vier a conseguir paciência... mas tenho que admitir que o mais natural é que eles corram com a intensidade que correm.
De facto os problemas psicológicos que costumam afectar os casais inférteis são conhecidos, e muito frequentes. Devem-se, quanto a mim, à frustração que sentem por não conseguirem conceber, como os outros casais. Não conseguirem ver o fruto natural (da Natureza) de suas fornicações. Dito de outra maneira; não conseguirem consumar o casamento.

Anónimo disse...

Consumar o casamento é agora ter filhos? Nova definição?