03 dezembro 2005

As escutas telefónicas feitas de uma forma indiscriminada são um assunto que está na ordem do dia.
Miguel Sousa Tavares conseguiu encher uma página inteira do jornal Público com este assunto e acabou por tirar conclusões precipitadas.

Este assunto faz-me lembrar a pirataria informática que surgiu logo a seguir à divulgação da rede da Internet. É assim:
“Pessoa desconhecida entra no computador de outra para destruir ou roubar informação.”

Pergunto a mim mesmo se não se está a passar o mesmo com a rede dos telemóveis e a respectiva informação.

A Microsoft (responsável pela concepção da maior parte dos programas que utilizam a Internet ) optou por deixar “portas” de acesso secreto nos computadores aonde o seu software está instalado. As polícias dos diversos países agradecem. Os Hakers também!
(Haker é um especialista em programação informática que consegue violar a informação de um computador da rede sem que o proprietário se possa opor).

A frequência com que ocorrem ataques de hakers em computadores pessoais e departamentais é hoje muito grande. De tal forma que, para estar ligado à Internet com alguma segurança é necessário adquirir programas de protecção contra estes info-bandidos! Assim proliferou o próspero negócio dos programas antivírus, grande parte deles também portadores de vírus anti-infidelidade dos utilizadores (este mundo cão!).

Ora, as redes de telemóveis são semelhantes à Internet. Nelas o telemóvel desempenha o papel de computador e a informação que circula nas redes de telemóveis não é menos valiosa que a que circula na Internet. É bem provável que também aqui surjam hakers, a tentarem seus negócios…

Portanto, Sr. Miguel Sousa Tavares, vá mais devagar nas suas acusações e deixe de fazer sugestões antidemocráticas, pedindo a subordinação formal do Poder Judicial ao Poder Político. Além de não lhe ficar bem, não resolve com certeza este problema.

2 comentários:

Anónimo disse...

Esteve muito bem! Não aki necessariamente...

Mónica disse...

no fundo és como ele! democraticamente conservador! tá bem! :-)