09 outubro 2005

A dimensão religiosa é parte integrante da dimensão humana porque é uma consequência da Razão, do conhecimento que o homem tem (os animas não) da sua finitude, de que vai deixar de existir um dia.

Não pense, meu caro amigo Honório, que há algo de transcendente na dimensão religiosa.

A religião não é uma virtude, por mais citações que me faça de autores relativamente aos quais não tenho a mínima autoridade de discordar.

Qualquer religião é um conjunto de regras a impor comportamentos. Suportadas por crenças, pela fé.
A religião tem a finalidade de moldar o comportamento social no sentido de substituir comportamentos egoístas (primariamente egoístas) por comportamentos de cooperação entre os homens, pois isso é bom para a sobrevivência do Homem.

Por isso digo que a Religião é segregada, não digo criada. É segregada como o é toda a Criação (biosfera), por um algoritmo cego e determinista (a LEI). O mesmo que rege os sistemas de realimentação positiva do metabolismo ou da segmentação do ovo até ao aparecimento de um novo ser.

Como disse São Tomás:
"Deus está em todas as coisas, não como uma parte da essência delas, ou como um acidente, mas como o agente presente naquilo que age. É necessário que todo o agente se encontre em contacto com aquilo em que imediatamente age e o atinja com o seu poder."

Deus é a Lei.

1 comentário:

Anónimo disse...
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